No ano de 1997, o Brasil era apresentado a Greenville. Criada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares para a novela A indomada era palco de disputa de poder, de amores proibidos e de muita coisa estranha, já que a trama é da época em que a dupla se dedicava ao realismo fantástico.
A indomada do título é Helena (Adriana Esteves), que volta a Greenville depois de anos da morte dos pais numa tragédia. Ela vem cumprir a promessa feita pela mãe de que ela se casaria com o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer) por conta de uma dívida de jogo. A surpresa é que os dois acabam se apaixonando de verdade, mesmo sem se conhecer direito, e deixam muita gente na tradicionalista cidade escandalizada. Nesta cidade tudo era permitido. Não existiam proibições, na verdade, era proibido proibir.
O toque cômico ficava por conta do sotaque e das expressões dos moradores de Greenville. A cidade ficava no nordeste brasileiro e foi colonizada pelos ingleses no século 19. Os costumes brasileiros e bretões se misturam, gerando expressões como “oxenti, my love” e “tudo all right”, que logo caíram no gosto popular do público e ganharam as ruas.
Além de fazer maldades como a antológica Altiva, Eva Wilma fazia o público rir quando a personagem, defensora dos bons costumes, implicava com a Casa de Campo, bordel comandado por Zenilda (Renata Sorrah).
A cena de Altiva morrendo num incêndio e jurando voltar, com o rosto projetado em uma nuvem de fumaça, entrou para a história das telenovelas brasileiras.
Outros nomes se destacaram no elenco. Casos de Selton Mello, que interpretava o excepcional Emanoel, filho de Teobaldo que vira anjo no final da trama; de Ary Fontoura; e de Sônia de Paula, a beata Lurdes Maria, que, à noite, assustava as mulheres da cidade encarnando o Cadeirudo.
FONTE: DIVIRTA-SE MAIS
OPINIÃO:
- Realmente, as semelhanças entre a cidade fictícia GreenVille e Guamaré ultrapassam a letra "G" inicial. No que diz respeito à luta pela manutenção do poder, às irregularidades, as ações corruptas, nas inverdades ditas ao povo, nas maquiagens administrativas, e até mesmo nas COISAS ESTRANHAS, Greenville e Guamaré estão em pé de igualdade. As cidades em si, não são ruins, não é isso. O povo é bom, ordeiro, afetuoso, amistoso e amável, mas a imoralidade administrativa empobrece-as em todos os sentidos. Greenville por ter sido colonizada por ingleses, teria muito a aproveitar e influenciar, haja vista a Inglaterra ser uma potência extraordinária, uma das maiores da Europa e do Mundo. E, em consonância, Guamaré tem todas as atribuições de ter o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do estado, com arrecadação milionária, que excede o que arrecadam cidades bem maiores, mas infelizmente não é, a cidade figura apenas na 44ª posição, ficando atrás de cidades que arrecadam muito menos, como exemplo Lucrécia que é a menor cidade do estado.
- Hoje, o que está bem patente a quem tem decência, que nada impede os erros, toda ação inescrupulosa é tida como certa, gerando uma impunidade sem precedente. A afronta ao judiciário é diária e bem perceptível. O que atemoriza o cidadão é que, ao ponto que está, parece que existe alguma circunstância, que exceda o ordenamento jurídico, muito forte, que vai bem além do simples fato de foro privilegiado, algo que suplanta a nossa vã filosofia.
- O que desejam os guamareenses é uma gestão competente, responsável, e honesta, que mostre onde os recursos são aplicados sem máscaras, sem mentiras, sem engodos, sem lavagem cerebral. O povo quer a verdade! Enquanto isso não ocorre, a cidade vai sofrendo com as agruras que são sequelas dos anos que esta gestão vem ocupando o poder.
Deus tenha misericórdia de Guamaré!