segunda-feira, 5 de junho de 2017

RN: SALÁRIOS ATRASADOS PELA 15ª VEZ

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O (des)governo do Estado do Rio Grande Norte, já afirmou que, mais uma vez, atrasará os salários dos servidores. Pela décima quinta vez seguida, ocorrerá atraso no pagamento dos proventos dos servidores estaduais. Neste rumo, o governador Robinson Faria (PSD) credita a falta de recursos à crise financeira sem precedente no país. Entretanto, quem está em crise não reajusta salário de comissionados, não ostenta compras absurdas, não joga dinheiro público fora, como assim fora feito em diversas obras faraônicas sem nexo e utilidade prática. Ou seja, o dinheiro que deveria pagar o funcionalismo - que é quem faz a máquina estatal funcionar - é usado em qualquer outra ação, menos para a quitação desta obrigação de fazer a coisa certa. 

As alegações do governador, de que aguarda receita para fazer o pagamento dos servidores é incoerente! Ora, as contas, o pão de cada dia, a fome, água, luz, gás, combustível, e outras despesas fixas, NÃO ESPERAM! Então, não deveria o Estado ser multado pelos atrasos salariais, e ainda, pagar o juros do atraso aos servidores? 

O RN não precisa decretar concordata... Já faliu faz tempo!

domingo, 4 de junho de 2017

PARABÉNS BEATRIZ AZEVEDO



Hoje é dia de parabenizar a jovem universitária, Beatriz Azevedo Bia - carinhosamente conhecida - está completando mais um ano de vida e, por isso estamos alegres.

Desejamos muita paz, saúde e alegria.

Parabéns Beatriz Azevedo!

Deus te abençoe!

sábado, 3 de junho de 2017

GREENVILLE X GUAMARÉ

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No ano de 1997, o Brasil era apresentado a Greenville. Criada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares para a novela A indomada era palco de disputa de poder, de amores proibidos e de muita coisa estranha, já que a trama é da época em que a dupla se dedicava ao realismo fantástico.
A indomada do título é Helena (Adriana Esteves), que volta a Greenville depois de anos da morte dos pais numa tragédia. Ela vem cumprir a promessa feita pela mãe de que ela se casaria com o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer) por conta de uma dívida de jogo. A surpresa é que os dois acabam se apaixonando de verdade, mesmo sem se conhecer direito, e deixam muita gente na tradicionalista cidade escandalizada. Nesta cidade tudo era permitido. Não existiam proibições, na verdade, era proibido proibir. 

O toque cômico ficava por conta do sotaque e das expressões dos moradores de Greenville. A cidade ficava no nordeste brasileiro e foi colonizada pelos ingleses no século 19. Os costumes brasileiros e bretões se misturam, gerando expressões como “oxenti, my love” e “tudo all right”, que logo caíram no gosto popular do público e ganharam as ruas.
Além de fazer maldades como a antológica Altiva, Eva Wilma fazia o público rir quando a personagem, defensora dos bons costumes, implicava com a Casa de Campo, bordel comandado por Zenilda (Renata Sorrah).
A cena de Altiva morrendo num incêndio e jurando voltar, com o rosto projetado em uma nuvem de fumaça, entrou para a história das telenovelas brasileiras.
Outros nomes se destacaram no elenco. Casos de Selton Mello, que interpretava o excepcional Emanoel, filho de Teobaldo que vira anjo no final da trama; de Ary Fontoura; e de Sônia de Paula, a beata Lurdes Maria, que, à noite, assustava as mulheres da cidade encarnando o Cadeirudo.

FONTE: DIVIRTA-SE MAIS


OPINIÃO:

- Realmente, as semelhanças entre a cidade fictícia GreenVille e Guamaré ultrapassam a letra "G" inicial. No que diz respeito à luta pela manutenção do poder, às irregularidades, as ações corruptas, nas inverdades ditas ao povo, nas maquiagens administrativas, e até mesmo nas COISAS ESTRANHAS, Greenville e Guamaré estão em pé de igualdade. As cidades em si, não são ruins, não é isso. O povo é bom, ordeiro, afetuoso, amistoso e amável, mas a imoralidade administrativa empobrece-as em todos os sentidos. Greenville por ter sido colonizada por ingleses, teria muito a aproveitar e influenciar, haja vista a Inglaterra ser uma potência extraordinária, uma das maiores da Europa e do Mundo. E, em consonância, Guamaré tem todas as atribuições de ter o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do estado, com arrecadação milionária, que excede o que arrecadam cidades bem maiores, mas infelizmente não é, a cidade figura apenas na 44ª posição, ficando atrás de cidades que arrecadam muito menos, como exemplo Lucrécia que é a menor cidade do estado. 

- Hoje, o que está bem patente a quem tem decência, que nada impede os erros, toda ação inescrupulosa é tida como certa, gerando uma impunidade sem precedente. A afronta ao judiciário é diária e bem perceptível. O que atemoriza o cidadão é que, ao ponto que está, parece que existe alguma circunstância, que exceda o ordenamento jurídico, muito forte, que vai bem além do simples fato de foro privilegiado, algo que suplanta a nossa vã filosofia.

- O que desejam os guamareenses é uma gestão competente, responsável, e honesta, que mostre onde os recursos são aplicados sem máscaras, sem mentiras, sem engodos, sem lavagem cerebral. O povo quer a verdade! Enquanto isso não ocorre, a cidade vai sofrendo com as agruras que são sequelas dos anos que esta gestão vem ocupando o poder.

Deus tenha misericórdia de Guamaré! 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

UM PINGO DE LIBERDADE!

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- No Brasil parece inexistir liberdade de imprensa. Cada dia se torna mais fajuto o uso dessa expressão, quando a realidade é opressora, ditatorial, coercitiva, e censuradora. NINGUÉM pode mais escrever, falar, apresentar, e até mesmo, pensar, sem que hajam restrições, tudo para não "tocar" nos ricos, famosos e poderosos deste país. 

- Há sim, uma destruição dos preceitos constitucionais, indo mais além, implodem as cláusulas pétreas afixadas na Carta Magna. Claro que, o que se aponta não são aqueles que usam de textos pragmáticos, bairristas, e financiados por A ou B. Não é isso! Me refiro aqueles que são livres de compromissos, que expressam a verdade e a realidade, ainda que isso alcance alguém. Não podemos mais falar a verdade! Falar a verdade, nestes dias, é motivo de processos, de perseguição, de humilhação, e, em alguns casos - e me incluo nisso - ameças de morte. Cena de uma história, que por vezes tem acabado em tragédia. 

- Quando algum pensador, escreve, fala, e pensa, e por esta ação, vai em direção contrária a algum interesse pessoal de alguém ou de determinado grupo, este pensador se torna alvo a ser "abatido", que muitas vezes se faz por tentarem o calar, e assim cessar sua voz nas mídias, embora saiba, que já se chegou várias vezes às vias de fato. Lamentável! Agora me pergunto, qual é o medo, o que os constrange de ter a verdade e a realidade expostas? Se alguém é uma pessoa pública, que tenha prudência nas suas ações, sabendo que eles estão diante de uma grande nuvem de testemunhas, se assim o fizer, ninguém terá do que falar. Mas, o que mais ocorre entres estas pessoas é a falta de temor, e por conseguinte, as falhas ficão visíveis e são facilmente expostas.

- Blogueiros, escritores, pensadores, enfim, quem usa a palavra como ferramenta, não se calem! Se vocês se calarem, a sociedade ficará sem uma voz ativa para cobrar, mostrar os fatos, e a informação ficará capenga e pobre, pois assim sendo, ela será disseminada com seu conteúdo recheado de conchavos e adequações. A liberdade de expressão nos garante ter VOZ e não nos conformarmos como ecos. Se alguém quiser calar minha VOZ que ande na linha, para que eu não tenha o que escrever e/ou falar. Mas, se vacilar - e tem um monte de gente escorregando nos próprios erros - EU FALO SIM! SOU LIVRE PRA EXPRESSAR A MINHA OPINIÃO E MOSTRAR A VERDADE! Se algum cidadão não estiver satisfeito com algum escrito meu e/ou de qualquer outra pessoa, é bem simples, NÃO LEIA! NÃO ACESSE! NÃO DÊ IBOPE! 

Toda essa estrada persecutória, em razão de usarmos só UM PINGO DE LIBERDADE!


FREI BETTO: O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA

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O noviço indagou do mestre como exercitar a virtude da paciência. O mestre submeteu-o ao primeiro dos três exercícios: caminhar todas as manhãs pela floresta vizinha ao mosteiro.
Disposto a conquistar a paciência e livrar-se da ansiedade que o escravizava – a ponto de ingerir alimentos quase sem mastigá-los, tratar os subalternos com aspereza, falar mais do que devia -, durante nove meses o noviço caminhou por escarpas íngremes, estreitas fendas entre árvores e cipós, pântanos perigosos, enfrentando toda sorte de insetos peçonhentos e bichos venenosos.
Nove meses depois o mestre o chamou. Deu-lhe o segundo exercício: encher um tonel de água e carregá-lo nos braços todas as manhãs, ao longo dos cinco quilômetros que separavam o rio da fonte que abastecia o mosteiro. O noviço tampouco compreendeu o segundo exercício mas, julgando a sua desconfiança sintoma de impaciência, resignadamente aplicou-se à tarefa ao longo de nove meses.
Chegou o dia do terceiro e último exercício: atravessar, de olhos vendados, a corda que servia de ponte entre o abismo em se encravava o mosteiro e a montanha que se erguia defronte. Com muita reverência, por temer estar ainda tomado pela impaciência, o noviço indagou ao mestre se lhe era permitido fazer uma pergunta. O velho monge aquiesceu. “Mestre, qual a relação entre os três exercícios?”
O mestre sorriu e seu rosto adquiriu uma expressão luminescente: “Ao caminhar pela floresta, você aprendeu a perder o medo da paciência. Soube vencer meticulosamente cada um dos obstáculos e não se deixou intimidar pelas ameaças. Agora sabe que, na vida, o importante não é disputar na pressa quem chega primeiro. O que vale é chegar, ainda que demore mil anos. Observou também a diversidade da natureza e dela tirou a lição de que nem todas as coisas são do jeito que preferimos.”
“Ao trazer água do rio, você fortaleceu os músculos do corpo e aprendeu a servir. A impaciência é a matéria-prima da intolerância, do fundamentalismo, do desrespeito, da segregação. A paciência exige humildade, generosidade, solidariedade.”
O noviço compreendeu, mas ainda uma dúvida pairava em sua mente. O mestre o percebeu. “Agora você quer saber por que atravessar olhos vendados a corda que nos serve de ponte de, não é?”, indagou o velho monge. E acrescentou: “Com a paciência impregnada em seus pés que trilharam a floresta inóspita; a força impregnada em seus braços, que aprenderam a servir; agora você fará o exercício da fé. Não poderá enxergar, mas confiará que a corda permanecerá sob seus pés. Não poderá apoiar-se, mas se entregará à certeza de que seu corpo é como a água que você trazia: movimenta-se, mas não cai. Não poderá fugir ao abismo que se abre abaixo, mas andará convicto de que, do outro lado, há a montanha sólida a esperá-lo e acolhê-lo. Assim é o Pai de Amor quando nos dispomos, na escuridão da fé, a ir ao encontro Dele.”
Após uma pausa de silêncio, o mestre completou: “Sem fé não há tolerância; sem tolerância, impossível a paciência.” O noviço dilatou os olhos como que assustado. “O que foi?”, indagou o velho monge. “Mestre, os fundamentalistas não são pessoas de muita fé? E não se caracterizam pela intolerância?”
O mestre sorriu de modo suave e replicou: “Os fundamentalistas não têm fé, que é confiar incondicionalmente em Alguém. O que têm é pretensão, confiam apenas em si mesmos. Eles são o objeto da própria fé. Ao atravessar o abismo, você estará percorrendo o itinerário que conduz do seu homem velho ao seu homem novo. E o fará para o bem dos outros. E confie, Alguém o conduzirá pela mão, livrando-o de todos os riscos.”

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Leonardo Boff, de “Mística e Espiritualidade” (Garamond), entre outros livros.

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