sábado, 23 de abril de 2016

Opressores de Dilma são suspeito de corrupção

"O país vive o maior escândalo de corrupção da história", com esta frase o Deputado Federal André Moura (PSC-SE) abriu seu discurso pelo "SIM" na votação do processo de impeachment da Presidenta Dilma. Acusado de formação de quadrilha e tentativa de homicídio, o deputado que  é exímio aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi veemente acusador da presidenta, esquecendo ele que ainda é acusado de desvio de verba pública em seu estado.

Não obstante a isso, 7 dos 70 deputados que citaram "corrupção" em seus discursos possuem processos e/ou condenações por delitos graves, incluindo corrupção. 
Interessante, e muito, foi o caso da Deputada Federal Raquel Muniz (PSD-MG), onde ela dedicou o voto ao seu marido Ruy Muniz, enfaticamente contraria à corrupção, entretanto, seu consorte fora preso no dia seguinte por corrupção na prefeitura de Montes Claros/MG.

Alberto Fraga (DEM-DF) foi um dos mais votado no Distrito Federal. Em seu voto domingo, ele bradou: "Se 342 votos eu tivesse, 342 votos eu daria pra salvar meu país dessa corrupção, dessa ladroagem que se chama PT. Meu voto é 'sim'!". Porém, no STF, Alberto aparece como suspeito de ter recebido R$ 350 mil em propina quando era secretário de Transportes do DF, durante a gestão do governador José Roberto Arruda, preso pela PF em 2010.

Eleito pelo PSB da Paraíba, Rômulo Gouvêia, na sessão do fim de semana, afirmou que a Câmara estava votando o fim da corrupção. Gouvêia responde a uma ação penal sob acusação de ter dispensado de forma ilegal licitação para contratação de uma empresa  de publicidade quando presidia a Assembleia Legislativa da Paraíba em 2003. 

A crise da merenda escolar de São Paulo continua a trucidar seus algozes, o Deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) foi apontado pelo ex-presidente da COAF (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) Cássio Izaque Chebab, como sendo beneficiário de propina do esquema da merenda escolar.

Assim, aquela máxima de que "quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado alheio" funciona literalmente. Ora, libertação da corrupção deve ser manifestada por quem, realmente, não tenha dívidas com a sociedade.


Fonte: Folha de São Paulo  


Dilma recebe apoio de simpatizantes contra impeachment ao deixar NY



Alvo de um processo de impeachment no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff foi assediada na noite desta sexta-feira (22), em Nova York, por um grupo de simpatizantes do governo federal que são contrários ao processo de afastamento da petista do Palácio do Planalto. Antes de embarcar para Brasília, a petista fez questão de ir cumprimentar pessoalmente os manifestantes que estavam concentrados em frente à casa onde ela estava hospedada nos Estados Unidos.
Ao deixar a residência de Antonio Patriota – embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) – com dois buquês de flores nas mãos, Dilma atravessou a rua e foi em direção aos manifestantes. A presidente foi recepcionada pelo grupo aos gritos de "Dilma, guerreira da pátria brasileira".
Mesmo cercada por seguranças, a petista abraçou e beijou os simpatizantes. Os manifestantes, então, prestaram solidariedade ao difícil momento político da presidente.
No momento em que se direcionava para o carro que a conduziria para o aeroporto, Dilma foi questionada por jornalistas sobre qual a importância dessas manifestações de carinho em um momento tão conturbado.
A agenda oficial de Dilma, divulgada na noite desta sexta pela assessoria do Planalto, previa que a presidente iria embarcar em Nova York de volta para o Brasil ao meio-dia deste sábado (23). Porém, a petista decidiu antecipar a viagem, deixando os Estados Unidos ainda na noite de sexta. Ela desembarcou em Brasília no final da manhã deste sábado e foi direto para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
A presidente viajou a Nova York para participar, na sede da ONU, da cerimônia de assinatura do acordo do clima de Paris, elaborado durante a COP 21. Inicialmente, havia a expectativa de que ela fosse aproveitar seu discurso diante dos chefes de Estado mundiais para denunciar que é vítima de um "golpe parlamentar" no Brasil.
No entanto, ao longo dos quase 10 minutos de discurso, ela falou sobre os compromissos assumidos por seu governo no acordo climático e, em relação à crise brasileira, se limitou a dizer que o Brasil vive atualmente um "grave momento", com uma sociedade que construiu uma "pujante democracia", e que o povo saberá "impedir quaisquer retrocessos".
Entrevista em NY

Mais tarde, em entrevistas à imprensa estrangeira e nacional, a presidente elevou o tom e voltou a afirmar que o processo de impeachment é um "golpe". Ela também disse aos jornalistas que poderá acionar a chamada "cláusula democrática" do Mercosul, a mesma adotada contra o Paraguai depois do afastamento do presidente Fernando Lugo em 2012.

A presidente da República ressaltou ainda que gostaria que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) também olhasse para o processo de afastamento que, atualmente, está em tramitação no Senado.
A chamada "cláusula democrática", aprovada em 2011 pelos países que integram o Mercosul, prevê vários tipos de punição em caso de ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática, de uma violação da ordem constitucional ou de qualquer situação que ponha em risco o legítimo exercício do poder e a vigência dos valores e princípios democráticos.
Dependendo da gravidade do caso, as punições podem incluir a suspensão do país no bloco econômico, com fechamento total ou parcial das fronteiras terrestres para limitar o comércio, o tráfego aéreo e marítimo, as comunicações e o fornecimento de energia, serviços e abastecimento.

Fonte: G1

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