quinta-feira, 20 de julho de 2017

LEI SECA, A MORAL POR DECRETO

Se você estiver interessado em entender o desastre que costuma ser – pelo menos no mundo civilizado – impor padrões morais por decreto, corra para acessar o documentário Prohibition, na Netflix (exibido originalmente em 2011 pela PBS).
As cinco horas do filme, divididas em três capítulos, trazem a assinatura talentosa de Ken Burns, diretor e roteirista da série Jazz(PBS, 2001, dez capítulos de duas horas). Na verdade, a chamada Era do Jazz e a Lei Seca quase que se sobrepõem perfeitamente e Ken Burns sente-se em casa naquela América trepidantemente devassa e ao mesmo tempo hipocritamente pudica das primeiras décadas do século XX. 
O tema de Prohibition remete a cem anos atrás, quando a pressão das Ligas de Temperança, dos púlpitos das igrejas cristãs e dos políticos conservadores do Midwest, confluiu para o Congresso americano e conseguiu fazer aprovar, em dezembro de 1917, a proibição de venda e consumo de toda e qualquer bebida alcoólica em território dos Estados Unidos. 
O embargo precisou de uma emenda constitucional, a Emenda 18 – pelo número dá para ver que emendar a Constituição era fato raro na história parlamentar do país. Era draconiana, a emenda. Interditava a “manufatura, venda, ou transporte de bebidas intoxicantes”, além de sua importação. Exigia dois terços dos votos na Câmara e no Senado e, enfim, passou. Mas tinha de ser ratificada em pelo menos 33 dos 48 estados da União. 

Barris de bebida

Não foi difícil. Marchadeiras tomavam as ruas batendo bumbos e solfejando cânticos com ameaças aos hereges contrários ao banimento. Elas se postavam diante dos bares, constrangendo a entrada da clientela. Chegaram, em alguns casos, a invadir e depredar as prateleiras, com categóricas bengaladas. Por precaução, os donos de saloons trataram de aderir à causa. 
O fator patriotismo, de repente, aflorou. Já que a quase totalidade das cervejas ostentava nomes alemães – Anheuser-Busch, Pabst, Stroh’s, Schell’s – e os Estados Unidos acabavam de entrar na guerra contra o Kaiser, bebericar um chopinho passou a ser entendido como militar a favor do inimigo Fritz (o clima era tão pesado que ninguém argumentou em favor do champanhe, o borbulhante néctar dos aliados franceses).
Outros interesses, sinceros ou escusos, entraram em campo. Entidades racistas como a Ku Klux Klan cerraram fileira com as piedosas Ligas de Temperança, porque consideravam que o álcool tornava mais resistente – e mais perigosa – a têmpera dos negros. O banimento os faria mais dóceis e resignados à própria sina.
Na verdade, os Estados Unidos e o álcool tinham uma íntima relação que recuava ao desembarque daqueles colonos que se chamavam ironicamente puritanos. De puritanos, no sentido atual, tinham muito pouco. O navio que trouxe até Massachusetts um dos mais notáveis deles, o advogado e político John Winthrop, carregava 10 mil galões de vinho e três vezes mais cerveja do que água potável. 

Rum e uísque abasteciam a incomensurável sede da América. O alcoolismo era um problema social. O que explica que, no primeiro momento, setores progressistas sinceramente sensibilizados pelo drama tenham aceitado uma esquisita aliança com moralistas, xenófobos e racistas. Da mesma forma, é possível entender a adesão das sufragistas. 
Elas buscavam, no movimento antiálcool, um canal de expressão contra a violência doméstica dos homens. Há momentos na História em que as pessoas se iludem com a ideia de que problemas sociais se resolvem com repressão e pancadaria. A verdade, no caso da Prohibition, iria progressivamente se impondo.
No dia 16 de janeiro de 1920, o Volstead Act – batizado com o sobrenome do presidente da Comissão de Justiça da Câmara, mas na verdade escrito pelo líder da Anti- -Saloon League, Wayne Wheeler – entrou em vigor, trombeteando que o drama do alcoolismo estava com os dias contados.
O problema, ao contrário, iria se amplificar dramaticamente. A clandestinidade faz rima fácil com a criminalidade. Não salvou quase ninguém do vício. Da Lei Seca não brotou a virtude; floresceu o pior gangsterismo. Gerou Al Capone e tantos outros.
A florescente vinicultura de Napa Valley, na Califórnia, nascida por inspiração de sobrenomes de origem meridionale e com aquela expertise ancestral dos terroirs do Piemonte, da Toscana e do Vêneto, tratara de se antecipar ao desastre, arrancando as uvas viníferas e as substituindo por árvores frutíferas. Às vésperas da Prohibition, os derradeiros estoques legais de vinho eram ofertados nas ruas de São Francisco à clientela sedenta e ainda confusa, por 1 dólar a garrafa.   
A Prohibition seria a era da hipocrisia. Os norte-americanos – 105 milhões, era a população no pós-Guerra – nunca beberam tanto. Por baixo do pano, atrás do balcão, no speakeasy (bar clandestino) que surgiu em cada esquina. 
“Mais de 1,5 mil agentes da lei, os crachás reluzindo, os revólveres azeitados e os dedos trêmulos sobre o gatilho estavam na ponta dos cascos, prontos para pular em cima do demônio da bebida, onde quer que ele aparecesse com sua horrenda caneca.” Assim um escritor descreveu “a gloriosa marcha” rumo “à grande transformação”, em seu marco zero. Virou piada. Nas destilarias clandestinas, os bootleggers (contrabandistas) multiplicavam os estoques. Para cada Elliot Ness cumpridor da lei, havia mil policiais corruptos. 
Um exemplo familiar: o McSorley’s, de Nova York. Na Rua 7, ali onde o Bowery acaba e o Lower East Side começa, em Manhattan, ele ainda está lá, com seu assoalho coberto de serragem e teias de aranha dignas da Família Adams, para recordar, com gargalhadas estrepitosas, o que foi a Era do Ridículo. O McSorley’s existe desde 1854.
O mais antigo bar de Nova York, o clássico dos clássicos – aqueles botequins com jeitão tão esculachado que alguém, fatalmente, vai pensar: pelo menos a bebida deve ser ótima. E é. A bebida e aqueles Irish stews (cozidos) de levantar defunto no inverno. Lugar de antologia, tanto que até livro ele tem, escrito pelo gênio da revista The New Yorker, Joseph Mitchell.  
Veio a Lei Seca, e o que fez o McSorley’s? Não fez nada. Quer dizer: eventualmente, tratou para que jamais faltasse algo de forte, vigoroso, recendendo ao Rio Liffey, de Dublin, nas canecas de sua clientela. Passou a destilar sua própria cerveja. Mas não precisou disfarçar, esconder, ocultar. A polícia de Nova York, encarregada de zelar pela Prohibition, era metade italiana, metade irlandesa. Onde é que os policiais irlandeses haveriam de matar a compreensível sede senão no familiar aconchego do McSorley’s?
E assim, enquanto policiais fardados continuavam encenando a repetida cena em que barris de bebida eram rasgados a machadadas, sob o aplauso das câmeras oficiais, policiais à paisana vigiavam para que os carregamentos clandestinos – muitos deles procedentes da rota do Canadá – chegassem ao seu destino.   
Senão, o que teriam sido o Algonquin e sua lendária Round Table? No bar do hotel da Rua 44, alguém ainda há de ouvir hoje as gargalhadas de Dorothy Parker, as provocações de Edmund Wilson e o espreguiçar do gato de estimação. O Algonquin era o que um bar literário tem de ser.
Discreto, aconchegante, protegido pelo atlético concièrge Michael Lyons, o perfeito ponto de encontro para o crème de la crème daquela intelligentsia que se revezava entre a Broadway e a revista The New Yorker, ali vizinhas. A legendária Mesa Redonda está lá, ao lado do piano, e olhando-a hoje você se pergunta como é que cabia naquela coisinha tanto talento de palco e de pena.
A Mesa passou a funcionar a partir de 1919 e 1920 e suas estocadas de ironia, picardia e inteligência perenizaram o carisma do Vicious Circle (Círculo do Vício), cuja audiência gravitava em torno de Dorothy Rothschild, aliás, Dorothy Parker, ex-professora de piano, poeta e agora cronista da Vanity Fair. Seu humor era uma adaga abastecida a gim – que nunca lhe faltou. Certo dia, vieram lhe contar que o presidente Calvin Coolidge tinha morrido. “Mas como é que perceberam?”, fuzilou ela.
Ms. Parker era bonita, talentosa e disponível. Equilibrou, com apetite, seu amor por homens e drinques. Os coquetéis do Algonquin citam atualmente, no guardanapo, uma frase dela: “Amo um martini – no máximo, dois. Com três, eu já estou debaixo da mesa. Com quatro, estou debaixo do anfitrião”.
Enquanto a mortandade das guerras entre as gangues ensanguentava as ruas das metrópoles, em Chicago, Nova York, Detroit e Miami o suprimento de bebida não era incomodado mesmo em localidades menores, mais inclinadas ao banimento e onde a lei podia ser mais facilmente vigiada. 
O J-Bar, do Hotel Jerome, em Aspen, resort de esqui do Colorado, foi um dos que sobreviveram à Prohibition, com uma marota piscadela para a freguesia. Quando a patrulha do álcool baixou, em 1920, virou lanchonete. Servia refrigerantes e um delicioso milk-shake. Mas, se o cliente pedia Aspen Crud (crud, para substância repelente), o balconista tratava de despejar no milk-shake doses e doses de bourbon. Drinque de fato nauseabundo, mas, naquelas condições, o que fazer?
Os recalques provincianos e as injunções eleitorais pareciam indicar que o Volstead Act seria para sempre. Em vão, proeminentes figuras da oposição democrata tinham aderido à militância anti-Prohibition, a começar por Alfred Al Smith, por quatro mandatos governador de Nova York e candidato à Casa Branca em 1928, e John J. Jacob, presidente do partido. Mas o voto conservador predominou e Herbert Hoover foi eleito. 
O milionário Jacob, para curar a ressaca eleitoral, encomendou a seu bootlegger 14 caixas de gim, sete de scotch e três de rum. Um comentarista escreveu que o católico Smith foi derrotado pelos três Ps: Prohibition, Preconceito e Prosperidade. Pelo menos a prosperidade estava com seus dias contados. 
A virada na queda de braço entre os dry (secos, pró-Prohibition) e os wet (molhados, contra) começou a acontecer por culpa de uma tragédia: o crack da Bolsa de Nova York, em outubro 1929. Logo os congressistas democratas passaram a acusar os republicanos pela débâcle nacional e argumentar que eles governaram a bordo de ninharias, como a repressão ao drinque, sem atentar para os fundamentos básicos da política, da economia e da cidadania. 
Reativar a indústria de bebidas – a quinta do país, quando foi proscrita – seria uma extraordinária fonte de receita para aliviar os efeitos da Depressão. O lobby político da brigada wet foi acionado e a base republicana fraquejou. Mas, assim como a Prohibition só existiu por força da mobilização feminina, ela só iria desaparecer quando as mulheres tomaram a iniciativa de desafiá-la. 
Pauline Morton Sabin era bela, rica, energética e dona de uma aristocrática elegância – nada a ver com o perfil boêmio e indisciplinado dos ridicularizados adeptos do álcool. Chegou a ser do Comitê Nacional do Partido Republicano. Apoiou Hoover na eleição de 1928, contra Al Smith, embora alguns meses antes já tivesse proclamado sua conversão às fileiras dos que defendiam o fim do banimento. 
O discurso de posse de Hoover foi a gota-d’água. Pauline renunciou ao cargo no partido e foi à luta. A palavra de ordem era repeal – derrotar o Volstead Act seria mais factível do que aprovar uma emenda constitucional que neutralizasse a de nº 18. Várias organizações brotaram. Nenhuma com a legitimidade carismática e efetiva da WONPR (em português, Organização das Mulheres para a Reforma Nacional da Prohibition), de Pauline Sabin. 
No dia em que a Lei Seca caiu, o escritor H. L. Mencken, um de seus mais sarcásticos adversários, tratou de comemorar. Foi a um dos saloons inebriados de euforia e pediu a única coisa que não tinha bebido ao longo dos 13 anos de Prohibition: brindou a liberdade readquirida com um puríssimo copo d’água.

FONTE: CARTACAPITAL 

INSTITUTO DO CÉREBRO REALIZA DESCOBERTA SOBRE TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIOS

Acidente Vascular Cerebral (AVC), Mal de Pakinson, Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica. Essas são algumas doenças neurodegenerativas, ou seja, causadas pela morte crônica e progressiva de neurônios, que afetam nossa capacidade cognitiva ou nossas funções motoras e fisiológicas. A ciência vem há cerca de três décadas buscando terapias celulares que sejam capazes de repor neurônios perdidos nessas patologias e, apesar de ainda haver um longo caminho a ser trilhado, um estudo recente realizada pelo Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trouxe descobertas importantes sobre a capacidade de outras células do sistema nervoso central, denominadas células astrogliais, se transformarem em neurônios.
Conduzida pelo professor do ICe-UFRN, Marcos Romualdo Costa, a pesquisa foi publicada na revista científica Stem Cell Reports e contou com as participações de Malek Chouchane, Ana Raquel Melo de Farias, Daniela Maria de Sousa Moura, Makus Michael Hilscher, Timm Schroeder e do professor Richardson Naves Leão. Para o grupo, a maior descoberta da pesquisa foi a constatação de que pode haver mais de um fenótipo – características observáveis, com formato ou tamanho – neuronal quando se utiliza um determinado fator neurogênico para converter células astrogliais em neurônios. O grupo, também, produziu o primeiro trabalho que demonstrou que neurônios reprogramados a partir dessas células sobrevivem e se integram ao sistema nervoso central após transplante.
Conforme o neurocientista Marcos Costa, as células astrogliais costumam sofrer um aumento em doenças neurodegenerativas e em lesões agudas, como traumas cerebrais ou medulares e, por esse motivo, elas foram sugeridas como potenciais candidatas para conversão em neurônios em terapias celulares. O estudo analisou duas populações da astroglia, com o objetivo principal de comparar o fenótipo dos neurônios gerados.
Nós analisamos a astroglia do córtex cerebral e do cerebelo. A primeira já havia sido estudada em um trabalho publicado em 2007, com a minha participação, ainda no pós-doutorado em Munique, Alemanha. A segunda, foi escolhida por estar em uma fase de maturação semelhante a do córtex cerebral no momento que isolamos as células”, explicou o docente.
Dessa investigação, observaram que a expressão de uma mesma proteína, por exemplo NEUROG2 foi capaz de transformar a astroglia do córtex cerebral e do cerebelo em neurônios com diferentes neurotransmissores (Glutamato e GABA, respectivamente). Da mesma forma, outra proteína conhecida como ASCL1 transformou a astroglia dos dois tipos neurônios GABAérgicos expressando diferentes proteínas ligadoras de cálcio. “Isso mostra que o mesmo gene (Neurog2 ou Ascl1) pode induzir a formação de neurônios distintos, dependendo de qual população de células astrogliais é reprogramada”, esclareceu.
Em seguida, os pesquisadores transplantaram as células astrogliais, manipuladas geneticamente para produzir os fatores neurogênicos NEUROG2 ou ASCL1, em diferentes regiões do cérebro de camundongos. Eles observaram que muitas células se transformavam em neurônios e apresentavam fenótipos compatíveis com os de neurônios residentes naquelas regiões. “Essas observações sugerem que o ambiente exerce um papel instrutor sobre o fenótipo adquirido pelo neurônio reprogramado”, explica Costa.
Com base na descoberta de que os fenótipos neuronais não são únicos quando um determinado fator neurogênico é utilizado para reprogramar células astrogliais em neurônios, Costa considera que ainda há a necessidade de entender melhor o processo de reprogramação para poder controlá-lo, com a finalidade de obter uma população neuronal definida, que poderia ser utilizada em terapias celulares. Já sobre a descoberta de que as astroglias sobrevivem e se integram ao sistema nervoso após transplante, também foi verificado que esta capacidade é drasticamente reduzida no córtex cerebral adulto, indicando que outras abordagens são necessárias para a utilização da técnica em terapias celulares.
“Nossos resultados com transplantes de células no córtex cerebral adulto indicam que o ambiente pode ser um fator decisivo no sucesso da reprogramação e aponta um modelo para avaliarmos o que bloqueia a reprogramação no tecido adulto e como podemos ultrapassar esta barreira”, considerou sobre a pesquisa.


Métodos
As análises utilizaram técnicas in vitro – processos realizados fora de sistemas vivos, em ambiente controlado e fechado no laboratório – e in vivo – dentro de um organismo vivo.
Primeiro foi realizada a análise in vitro sobre a eficiência para converter astroglia em neurônio das duas populações e comparar os fenótipos neuronais encontrados, por meio de métodos que identificam células e suas propriedades elétricas. Em seguida, in vivo, transplantaram as células em diferentes regiões do cérebro de animais recém-nascidos e adultos. “Neste experimento, também verificamos que a origem da população astroglial (córtex cerebral e cerebelo) influencia no fenótipo que os neurônios reprogramados apresentaram após transplante”, detalha.
 Outra constatação foi que a região de transplante também exerce um papel instrutivo, pois o transplante no córtex cerebral induz a diferenciação de neurônios típicos desta estrutura, enquanto transplantes na zona subventricular (onde as células surgem e iniciam sua migração rumo ao bulbo olfativo – parte do sistema nervoso que coordena a detecção de cheiros) induz a geração de dois tipos de interneurônios do bulbo olfatório.

Dificuldades e perspectivas futuras

O professor relata ainda as principais dificuldades na realização do trabalho, que estão relacionadas aos elevados custos da pesquisa. Outra dificuldade é a aquisição de insumos e ferramentas da biologia molecular, de fácil captação em laboratórios estrangeiros, mas de difícil importação para o Brasil. “Felizmente, nosso laboratório contou, até o final de 2016, com recursos financeiros suficientes para a execução deste e outros projetos. Mas, o mesmo não é verdade para o ano corrente e as perspectivas são sombrias para os anos vindouros. Sem exagero, poderia dizer que os insumos que ainda temos no laboratório são suficientes para apenas mais 4 meses de trabalho”, revelou sobre as futuras perspectivas.
De toda forma, se houver condições, o estudo vai seguir avaliando a reprogramação de astroglia da retina, que apresenta resultados indicando a geração de neurônios típicos da estrutura ocular, segundo Marcos Costa. “Além disso, estamos estudando maneiras de tornar o processo de reprogramação ainda mais eficiente, o que permitiria a obtenção de neurônios em larga escala, pré-requisito para o desenvolvimento de terapias celulares”, conclui.


FONTE: UFRN

FACISA TRABALHA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS SOBRE CONSUMO CONSCIENTE DA ÁGUA


Estudantes de escolas públicas do município de Santa Cruz, no agreste potiguar, vão participar de um projeto de extensão que incentiva o consumo consciente de água e o protagonismo social. A iniciativa é promovida pela Faculdade de Ciências de Saúde do Trairi (Facisa) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
 Santa Cruz é frequentemente atingida pela escassez de água, fato que é agravado em períodos de estiagem. “O abastecimento na cidade é precário e há bairros que chegam a ficar 15 dias sem água nas torneiras”, conta o coordenador do projeto e professor do curso de Enfermagem da Facisa, José Jailson de Almeida Júnior. “Para ajudar a população local a enfrentar esse problema, é necessário realizar uma conscientização permanente”, afirma.

Práticas sustentáveis

O projeto Água é vida: práticas interdisciplinares para a sustentabilidade trabalha com extensão universitária em saúde. Iniciado no primeiro semestre de 2017, surgiu a partir de ações que trabalham com foco na educação popular. A equipe é formada por dezesseis pessoas, entre alunos e professores dos cursos de Nutrição, de Enfermagem e de Fisioterapia da Facisa.
 As atividades desenvolvidas pela equipe concentram-se no ensino de práticas sustentáveis e na transformação dos estudantes em agentes multiplicadores. “A ideia é que os alunos se tornem difusores do consumo consciente em suas casas e nos seus bairros”, destaca o coordenador do projeto.
 Para incentivar o potencial dos estudantes de Santa Cruz, as ações são realizadas de forma colaborativa e se baseiam no dia a dia dos alunos. “Primeiro, identificamos as necessidades locais. Depois ensinamos estratégias de consumo consciente de água, construindo com as próprias crianças e adolescentes material educativo, cartilhas e produtos de reciclagem sobre o tema”, explica Jailson de Almeida.
 De início, o projeto vai atingir cerca de 250 alunos e professores da Escola Estadual Professora Rita Nelly Furtado, mas outras instituições de ensino da cidade também serão atendidas pela ação.
 A turma da professora do ensino fundamental Glênia Pontes é uma das que já foram acolhidas pela Facisa. Glênia acredita que as ações promovidas pela Universidade ajudam não apenas para o aprendizado das crianças, como também melhoram o comportamento e a concentração dos alunos. “A mudança acontece quando os estudantes se vêem como agentes de mudança do mundo onde vivem”, avalia. “Trabalhar o tema da água é extremamente importante para a população local. Todos os dias essas crianças enfrentam dificuldades causadas pela escassez de água e o projeto vai influenciar suas vidas de forma direta”, relata.

Monitoramento

Além dos ensinamentos sobre consumo sustentável de água, a equipe da Facisa irá monitorar a água da Escola Estadual Professora Rita Nelly Furtado. O objetivo é diminuir a consumação a partir do reaproveitamento.
Os dados da escola irão ser trabalhados para elaborar formas de uso mais sustentáveis da água na própria instituição. “Vamos mostrar formas simples de reuso que possam ser postas em prática independente da nossa presença. Queremos dar autonomia aos estudantes. Nosso desejo é que eles nos ajudem a difundir ideias de sustentabilidade e de consumo consciente entre os moradores da cidade”, enfatiza o coordenador Jailson de Almeida.

FONTE: UFRN

DIA DO AMIGO

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TRATAMENTOS DE DOENÇAS AFETIVAS TÊM ALTO POTENCIAL DE SUCESSO


A depressão, entre outros distúrbios afetivos, é uma doença de muitas matizes e a busca pelo melhor tratamento não é simples. Fatores genéticos e circunstanciais do paciente precisam ser levados em consideração. Ricardo Alberto Moreno, professor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e fundador do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda), explica que um dos fatores que dificultam encontrar o tratamento adequado é que existem por volta de 20 tipos diferentes de antidepressivos e a escolha de qual, ou quais, deve ser utilizado depende do quadro do paciente.

A respeito do auxílio da genética na luta contra a depressão, o dr. Moreno comenta que são poucos os casos em que traçar o perfil metabólico é necessário. O professor destaca que o potencial de contingenciamento dos tratamentos tradicionais é alto, e que em casos mais resistentes, há outros métodos, como a eletroconvulsoterapia (eletrochoque), a simulação magnética transcraniana e a implantação de eletrodos, que podem auxiliar. O especialista ressalta também a importância de se diagnosticar corretamente o quadro psiquiátrico, exemplificando que o tratamento para a depressão é totalmente diferente do tratamento para transtornos de bipolaridade. Para saber mais informações sobre o Gruda e participar de suas pesquisas o dr. Moreno indica o site www.progruda.com


FONTE: USP

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