Na busca em dar uma resposta ao seu público sobre o incêndio no Museu Nacional no último domingo (02), o deputado federal e candidato à presidência Jair Bolsonaro disse que a culpa do ocorrido era do PSOL, partido a que pertence o reitor da UFRJ - por sinal, eleito de forma democrática com a grande maioria dos votos da comunidade universitária.
É bem sabido que o deputado não tem empatia ao partido de esquerda. Entretanto, não é cabível nesse momento de extrema dor - pelo menos para os que labutam no meio cultural e educacional -, que alguém surja com uma hipótese tão tola e imbecil. Certamente, o Museu não fazia parte da "enorme" vida culta de Bolsonaro, para que ele chegue a encorajar seus asseclas a acreditar em tamanha barbaridade verborrágica.
Além da declaração, Bolsonaro ainda se exime de qualquer responsabilidade - ainda que tenha sido deputado federal pelo Rio de Janeiro por quase 30 anos, e não tenha feito algo para melhorar e/ou otimizar a manutenção do Museu -, quando de forma direta afirmou "já pegou fogo, querem que eu faça o que?".
Realmente, só sentirá a perda de todo o acervo cultural do museu, aquele que tem "cultura" ou aqueles que utilizavam o espaço para crescer intelectualmente e sair da estatura de homem médio, o que infelizmente, não é o anseio de toda população, muito menos daqueles que enaltecem um incauto em estado de calamidade intelectual.
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