sábado, 15 de abril de 2017

GUAMARÉ: "HELIO" PARAGUAÇÚ

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O Bem Amado era hilário!!! Odorico Paraguaçu é um prefeito demagogo e corrupto que ilude o povo humilde e simples da pequena Sucupira, no litoral baiano, com seus discursos inflamados e verborrágicos. A meta prioritária de sua administração é a inauguração do cemitério local, criticada pela oposição ao seu governo, liderada pela delegada de polícia Donana Medrado, o dentista Lulu Gouveia e o jornalista Neco Pedreira, editor-chefe do jornal local. O braço direto de Odorico na prefeitura é o secretário e pau-mandado Dirceu Borboleta, sujeito tímido, gago e desastrado que só quer saber de caçar lepidópteros. As suas maiores bajuladoras são as irmãs Cajazeiras: Dorotéia, Dulcinéia e Judicéia. Solteironas e falsas carolas, cada uma mantem um caso secreto com o prefeito, sem que uma saiba da outra. Maquiavelicamente, o prefeito arma tramas para que morra alguém na cidade, a fim de inaugurar seu cemitério. Mas acaba sempre mal sucedido. Até que o prefeito tem a ideia de mandar trazer a Sucupira o famoso matador Zeca Diabo para encomendar o serviço, não importando a vítima. Só que ele não esperava que o assassino profissional, arrependido de seu passado de crimes, estivesse aposentado, não querendo mais atuar na área (kkkkkkk). Esta trama de Dias Gomes arrebatava a atenção dos telespectadores, com um viés cômico, e possuída de grande mensagem subliminar contra o regime ditatorial da época.
Quem assistiu a novela O Bem Amado, e possui um pouco de lógica no raciocínio, faz logo uma alusão fecunda e profícua com a atual conjuntura política de Guamaré. Cidade pequena, de um povo humilde, ordeiro e acolhedor - e muito -, a princesa da Costa Branca encontra-se em similaridade impressionante com a Sucupira da dramaturgia. INTERINAMENTE, tem-se Helio Miranda como prefeito, onde os atos são, em tudo, parelhos com os de Odorico, no que diz nos desmandos, contratos incoerentes com a realidade, e nos anseios inescrupulosos que estão em pé de igualdade com o político da ficção. Logicamente, como não podia ser, as semelhanças não cessam por ai, até mesmo, o pau-mandado, bajulador e defensor do INTERINO existe, e anda por aí a torto e a direito fazendo defesa, é o "Dirceu Borboleta" de Guamaré, faltando só colocar Helio em um andor e o carregá-lo pelas ruas da cidade. Sem falarmos nas "irmãs Cajazeiras" , respectivamente, quem socorre, a turista, e o desvirtuado... Deixaram o posto de simples correligionários, e passaram a ser os escudos, por sinal facilmente transponíveis, por apresentarem incoerência mil, lógico, nada além disso podia se esperar deles. O mais engraçado de contextualizarmos isso se faz por alguns fatos ocorridos, dentre eles, as ameaças por telefone e nas redes sociais, e os inúmeros grupos de pessoas que passaram a nos seguir nas ruas, enquanto estávamos a visitar diversas pessoas pela cidade. Ora, nada mais similar a Odorico do que o desejo de que alguém morra, só que em Guamaré, o cemitério já está inaugurado, embora o fornecimento de energia elétrica tenha sido suspenso por falta de pagamento. No folhetim, Odorico se sentia dono de Sucupira, já em Guamaré, o INTERINO, sem pagar, anseia se apossar da cidade completamente.
Nunca se viu tanta igualdade entre ficção e realidade. Apesar de engraçada, a realidade é dura e cruel. A tragédia da atualidade de Guamaré agride sua história, e seu povo, jogando a última de areia no esquife onde se colocou uma sociedade assassina pela desastrosa mão de Helio Miranda. Há alguns que defendem, brigam e se matam pelo "Mundinho", tudo por um amor desenfreado e ilimitado, que excede todo e qualquer nível de sanidade e consciência. Realmente, Helio é igual a Odorico Paraguaçú, o "Bem Amado" de Guamaré, ou seria "HELIO PARAGUAÇU"?




  

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